domingo, 11 de julho de 2010

Time For África


#Waka Waka - Shakira

Palco do maior evento esportivo do mundo, a África deu um show de alegria nessa Copa. Esse povo que tanto sofreu, que por anos esteve sob o julgo da opressão e do racismo separando o povo em duas raças, mostrou ao mundo a sua capacidade de nos supreender e emocionar.
Foi lindo ver durante um mês inteiro a mágica e a alegria de cada africano recebendo o planeta.
O regime do Apartheid pode ainda ser uma mancha na história do mundo, mas o futebol foi usado como ferramenta de união, mostrou uma África do Sul livre de ressentimentos e pronta pra se moldar no quadro das nações do globo como um país forte e vibrante.
Me recordo que quando comecei a minha militância política me debrucei por um longo período sobre um estudo do continente africano. Nosso continente mater. Nossa raíz mais profunda.
Sempre tive um pensamento ideológico de esquerda. Era nítido meu orgulho por Nelson Mandela, primeiro presidente negro da África do Sul, que foi preso por mais de duas décadas. Ganhador do prêmio Nobel da Paz por unir a África do Sul. Amigo pessoal de Fidel Castro, fez a sua primeira visita oficial de governo a Cuba, e fundamentava assim ainda mais minha admiração na época em que viajava pelo país como um jovem em busca de revolução.
E como não lembrar as missões de Ernesto Che Guevara no Congo, país que ele tentava ajudar a libertar.
Nelson Mandela é um modelo permanente que política pode ser a arte mais bela quando bem aplicada e não apodrecida como vemos na maioria da vezes.
A África mostra com a Copa a sua capacidade de se reinventar, de marcar suas fronteiras na grandes realizações do Mundo, visto que por muito tempo fora excluída do atual mundo capitalista.
É tempo de África, e mesmo com o fim da Copa ainda será por muito tempo. A África é o segundo continente de todos nós.

Um comentário:

J.Magalhaes disse...

É tempo de África, tempo de amor. Hora de voltarmos nosso olhos e nossos sorrisos para nossos irmãos, mais próximos do que podemos imaginar...
Beijos, Lucão!