segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Eu nunca estive

Aperta o play, e sinta... :D
#J'y suis jamais allé - Yann Tiersen

Sempre achei ter uma característica bem peculiar em relação a outras pessoas. Gosto de sonhar acordado, pensar nas infinitas possibilidades que o destino pode traçar em minha vida, combinar pares, amores ocultos e construir alianças, antes mesmo da feitura de uma relação sólida.
Já de brigar não gosto, e mesmo montando discussões no meu dia queria mesmo era selar uma eterna paz com o mundo. Gosto de viajar no mundo das idéias, e de carregar comigo quem quer que queira embarcar nesse insano despertar para os sonhos.
Nunca estive tão pleno e confiante de que posso moldar um traço imperfeito mas totalmente surpreendente, como imaginei um dia.
Estar intimamente ligado aos revezes da vida, com a certeza de que levantar é bem mais digno de que alcançar resultados. Quero ter a certeza de seguir o caminho do bem, seguro das minhas necessidades mas com uma vida que me dê mais alegrias que vitórias.

"Mesmo que seja um sonho, mesmo que seja uma ilusão, se existe dentro de você, é porque é para você."
(Zibia Gasparetto)

domingo, 10 de outubro de 2010

post desnecessário

Nem me arrisco a escrever hoje, passei da medida na cerveja e por mais que tenha pensado em escrever alguma coisa, se sair, sairá coisas que eu me arrependa amanhã.

sábado, 9 de outubro de 2010

da Social Democracia

Fiz questão de nunca pautar politicamente neste blog, sempre fiz a menção singela deu no passado ter feito parte integrante de uma esquerda progressista, mas apenas foi essa a visão que lhes dei sobre a minha real posição política.
Pois bem, muito tenho respondido ao longo dos dias sobre o meu posicionamento diante de uma eleição onde se definem os mais altos postos de governo, e muito embora já tenha se definido muitos dos cargos, não posso deixar passar a oportunidade de falar daquilo que penso em relação à política e dos partidos do Brasil.
Há hoje no centro do poder dois partidos que representam os mesmos pensamentos eu penso, a social democracia, primeiramente o PT que se define como um partido da classe operária desenvolvimentista e o PSDB que é o partido que tem no nome a social democracia mas que peca por não ter no seu nascedouro uma raiz operária e popular, ficando dependente exclusivamente da oligarquia paulista que domina o partido ao longo de 16 anos.
Portanto mesmo que me decline a favor das políticas petistas não vejo uma diferença muito grande dos tucanos e acredito que a social democracia é hoje a mais forte corrente política do país.
Defendo e advogo pela tendência de terceira via, onde os problemas e soluções capitalistas são plenamente dialogadas com políticas socialistas.
Esse talvez seja o centrismo democrático. E nisso resumo o meu modo de pensar de maneira bem simples e frugal, sem grandes oposições e crente num estado acima de tudo desenvolvimentista e humano.
Se a análise é acadêmica por demais, simplifico dizendo que o Brasil tem a missão de enriquecer a sua democracia, respeitas os contratos e acima de tudo trabalhar para diminuir a grande desigualdade social predominante no país desde que era ainda uma colônia.
O Brasil está a um passo de entrar para o rol de países que lideram o mundo, deixando de ser portanto um antagonista para ser um dos atores globais de desenvolvimento sustentável.
O Brasil é acima de tudo um país de oportunidades onde o empreendedorismo supera os recordes estabelecidos através dos anos, e a economia está em efervescência graças as políticas de ajuste fiscal e de severidade do Banco Central, somos no entanto uma nação onde a infraestrutura ainda escassa com uma ainda desqualificada mão de obra, temos que investir sobretudo em educação, na produção de produtos que tenham valores agregados e prontos para exportação, já que somos capazes de atender a demanda interna.
Acredito demais num país vibrantes onde as conquistas sociais estejam disponíveis a todos os homens de bem, um país capaz de ter um pensamento desenvolvimentista pleno.
Não vou fazer campanha política por aqui nem lhes oferecer nenhum candidatos, mas torno a dizer aos amigos que votem com sabedoria no segundo turno, e aos amigos que não tem o contato diário comigo e não ficaram sabendo do meu empenho de um voto consciente digo apenas que votem de acordo com as suas necessidades pessoais e sobretudo sociais. Vislumbrando um crescimento de oportunidades.
Democracia é uma eterna conquista. Um dever de cada um de nós e o mais belo dever de cidadania.

vi de longe




Tenho andado distraído, impaciente e impreciso.
Ainda não codifiquei todas as novas informações que me foram disponíveis. Não consegui traduzir de forma clara tudo aquilo que quero, que desejo, e que está contido nos meus planos.
Ainda tenho visto com muita cautela tudo que sinto, e essa desconfiança não é toda ruim, pois sei que não perco nada ao deixar o tempo passar.
Quero conhecer rapidamente as pessoas, mas a vontade de me preservar é superior a essa necessidade. Me manter na sombra apenas me deixará em posição confortável de escolher entre que caminho seguir.
Admito que talvez nem esteja sendo claro, mas rodear um assunto é também um modo de falar com cautela de tudo que observo nos dias que seguem. Nada foge aos meus olhos, e isso nem é uma vantagem, tanta coisa que gostaria de não ver. Essa obsessão em adiantar os passos me causa um ferida difícil de fechar. Quero apenas me entregar ao destino e ao por vir, deixar estar.
A escolha das novas pessoas que entram na minha vida sempre é muito restrita a observação mesmo, me desloco pra entender melhor pra onde vou. E nesse momento tenho a vontade de só perguntar as perguntas que talvez saiba a resposta. Não cativo ninguém e ninguém cativa a mim, mas é fundamental saber quem é quem nesse estranho tabuleiro do jogo que ainda não sei jogar.
Não vou me macular tão cedo, a exposição involuntária é um erro extremamente incontornável nesses primeiros dias.
Só queria saber o que irá me levar além, no que posso acreditar sem receio da dúvida, saber das palavras que virão sem medo das negativas. E é estranho escrever pra mim mesmo e não para vocês agora. Meus textos intimistas são fruto do absurdo, mas sei que vocês irão entender.
Quero pra mim tudo o que me fará bem, e talvez seja a hora de descobrir como será a separação do essencial do supérfluo.

#Papapa - Mombojó

Selo

Tão bom voltar depois de um longo recesso e já encontrar um carinho pelo retorno, fico feliz demais com as demonstrações que recebo daqueles que me querem bem, e isso se estende a todos que de certa maneira me impulsiona a não deixar de escrever, a fazer com que isso aqui seja algo além de prazeroso, uma fonte inesgotável de alegria pra mim. Escrever faz parte de mim, escrevo todos os dias, e ter o retorno que tenho me faz querer compartilhar ainda mais o que penso.


E foi com uma imensa alegria que recebi mais um selo, que considero uma das mais alegres formas de se homenagear alguém. Agradeço o carinho do blog Noutroras, da Tamara, menina linda, que não canso de elogiar, meu motivo de estar escrevendo, pois é ela que me impulsiona a dividir com todos os meus textos, e foi com os conselhos dela que passei a publicar os meus textos que eram até então ocultos e impublicáveis. Obrigado mais uma vez.
E como reza a tradição indico os blog 's que julgo ser merecedores de mais um selo.
São eles:
Abraço a todos. E continuem a acessar meu blog.



quinta-feira, 7 de outubro de 2010

vaidade versus humildade




Depois de mais de um mês afastado, sinto a necessidade cada vez mais constante de escrever por aqui, portanto cá estou de novo, falando das coisas que penso, daquilo que sinto e das mais absurdas idéias que teimam em voltar na mente.
Aos poucos que acompanhavam esse exercício diário, informo que tudo transcorreu bem, tudo aquilo que escrevi, digo e repito, manterei firme o propósito de estar focado, se não no que escrevo ou leio, pelo menos nas minhas ações.
Tenho medo de me tornar chato escrevendo, vi que é natural que alunos de Direito escrevam com um linguajar rebuscado, e distante daquilo que falamos, e por vaidade talvez eu escreva sem perceber de modo igual. E aqui já entrando no assunto que me trás de volta as letras, devo confessar que fiquei contente e ao mesmo tempo ressabiado com a oratória além da medida. Nessa semana vi diversas palestras com oradores discorrendo sobre assuntos que eu não dominava, e o que mais me foquei foi na forma com que se dirigiam a nós, ora com uma peculiar ironia de palavras bonitas, ora com uma arrogância maliciosa no trato.
Nesses primeiros dias de curso tenho atentado as pessoas que me cercam, e posso dizer que fiquei positivamente surpreso, havia imaginado encontrar um grupo mais fechado e distante das pessoas que geralmente tenho amizade, pois muito pelo contrário fui recebido muito bem, por uma gente muito calorosa e pronta em recepcionar bem os que chegavam, e por mais que insista em relembrar a minha enorme timidez, fiquei muito a vontade pra conversar francamente com todos eles. Alguns já tem a minha atenção especial, e tenho plena certeza que farão parte da minha vida por um longo período.
De todos destaco aquele que rapidamente já havia me chamado bastante atenção, pois é ele o meu contraponto, onde as minhas idéias ou se chocam ou se cruzam, é o único que vi até agora ter posições claras e convictas de um pensamento. E como gosto disso, o tomo como referência inicial pra qualquer idéia. Não é segredo pra ninguém que me conheça a fundo, que por anos mantive um pensamento mais a esquerda no que tange as idéias políticas e econômicas, e ao longo de vários anos fui alterando gradualmente o meu modo de pensar pra um patamar mais liberal, pra um pensamento nacionalista de desenvolvimento e extremamente democrático. A partir disso o vejo como um reflexo do meu passado, claro que não em iguais dimensões, já que seu radicalismo é aparentemente exacerbado, porém de alguém que enxerga no curso de Direito uma ferramenta pro serviço da luta e não do espólio, de uma ensinamento voltado ao Humanismo e não as práticas de pilhagem e de um Direito à serviço do capital, e sobretudo de um curso que nos defina como um homens de princípios e não de interesses.
Por ter um pensamento tão distante dos outros ele é por muitos momentos visto com olhos maus, porém pude perceber que em meio a tanto ímpeto revolucionário, ele é uma pessoa boa, mas que distorce as idéias em vários momentos do realismo atual de mundo, romantiza demais as ações do homem achando que o mundo tem jeito, mal sabendo que por mais que queiramos mudar o mundo, nos falta o bom senso de descobrir que ele não quer ser mudado, e essa contradição social no estado brasileiro de ter uma grande disparidade de desigualdade reinará ainda por longos anos.
Escrevo para me recordar de que não posso me envaidecer ao longo do caminho, e que a humildade acima de tudo é o que me levará aos mais altos sonhos que imaginar, ousei em caçoá-lo por várias vezes, seguindo até o senso comum de que se formou entre veteranos e calouros de não observar suas idéias com atenção, já que ele se precipita e fala com tanta paixão das idéias, ele não é normal. Radical demais. Mas melhor isso do que a alienação dominante num país de tantos tiriricas.
Em um lugar onde a vaidade pessoal e acadêmica é uma das marcas mais nítidas e perceptíveis, quero acima de tudo ter os valores que aprendi com a minha família, não por querer me destoar de ninguém, mas por lembrar de como a vida pode ser ingrata com os arrogantes.
Volto a escrever, porque é escrevendo que vejo meus erros e acerto meus caminhos.